domingo, 1 de maio de 2011

um ano.

Quando o mais desejado aconteceu, o desejo deixou de o ser para dar lugar ao pesadelo cor-de-rosa. Pesadelo esse, que não querendo sacudir a água do capote, partiu em maior parte de ti. Vinhas do maior sofrimento da vida, do maior fracasso de sempre, e o medo de voltar a passar o mesmo não te deixou amar por inteiro, e por consequencia, a mim também não. Deixámos que o amor mais profundo passasse a ser o ódio mais marcante.

Amei-te há um ano atrás, amei-te três meses depois quando a primeira paragem aconteceu, e amei-te sempre em todas as outras vezes. Amo-te ainda hoje, e amarei daqui a cinco, dez, vinte anos. amarei porque foste o primeiro, o mais ardente, o mais intenso, o melhor amor da minha vida e isso nunca irá mudar. Eu sinto, eu sei.

Tenho que te agradecer todos os sorrisos, todas as gargalhadas, todas as lágrimas que me arrancaste... Todos os "amo-te", todas as tardes, todas as noites, todos os dias que me deste.
erraste, eu errei e agora, mesmo tanto tempo depois, a mágoa está cá. A mágoa de não ter lutado mais... A mágoa de não ter conseguido mudar por ti... A mágoa de ter deixado que o orgulho fosse mais forte que todo o amor que sentia por ti... E sobretudo a mágoa de termos cometido os mesmos erros, os dois, e de os ter voltado a repetir sem a humildade de ter aprendido com a primeira vez.

Eu sei, e eu sinto que um dia vais ser meu outra vez, nem que seja apenas em sonhos... Sinto que mesmo lutando contra, tu és o meu destino. Mas, não me preocupo muito com isso, porque sempre ouvi dizer que "O que é teu, ás tuas mãos irá parar" e "O que tiver que ser, será".


(ÂniaMartins 30 de abril de 2011)

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